O Porta dos Desesperados voltou ao ar no SBT em clima de festa pelos 44 anos da emissora, e nada poderia ser mais a cara do canal. Resgatar Sérgio Mallandro é revisitar não apenas um quadro de sucesso, mas um pedaço essencial da cultura pop brasileira.
À primeira vista, a decisão de colocar o programa às 18h parecia um ato de loucura. Mas, entre uma reprise de novela de 1994 e telejornais carregados de tragédias, a escolha acabou soando certeira: o Porta surge como um respiro divertido, reunindo crianças e adultos em frente à TV — exatamente como fazia nos anos 80 e 90.
O formato é o mesmo de sempre, e isso é justamente o charme. Mallandro continua sendo Mallandro: exagerado, carismático e absolutamente único. Num mercado televisivo que muitas vezes ignora sua importância, ver o apresentador brilhar novamente é quase um acerto histórico.
Em audiência, o retorno também se mostrou sólido: manteve os mesmos índices de Chaves, provando que o problema da faixa está em A Caverna Encantada, a novela infantil que entrega baixa audiência.
O desafio agora é do SBT. Ou a emissora dá fôlego para que o programa se consolide no horário, ou desloca a atração para as tardes de sábado — mas uma coisa é certa: Sérgio Mallandro precisa permanecer na grade. O público agradece, e a TV brasileira também.