A cerimônia do Prêmio Grande Otelo 2025, realizada com grande brilho e emoção na noite desta terça-feira, celebrou os destaques do cinema e das produções audiovisuais brasileiras em um evento marcado por homenagens, aplausos calorosos e a consagração de talentos veteranos e estreantes.
O grande vencedor da noite foi o longa “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, que arrebatou 11 troféus, incluindo Melhor Longa-Metragem de Ficção, Melhor Direção, Melhor Ator (Selton Mello), Melhor Atriz (Fernanda Torres) e categorias técnicas como fotografia, som, figurino e trilha sonora. A produção é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que também venceu como Melhor Roteiro Adaptado, ao lado de Murilo Hauser e Heitor Lorega.
Entre os documentários, o destaque foi “3 Obás de Xangô”, de Sérgio Machado, enquanto o diretor dividiu outra vitória com Aloís Di Leo na categoria Melhor Longa de Animação com o delicado e visualmente impactante “Arca de Noé”.
O público infantil foi contemplado com a vitória de “Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa”, de Fernando Fraiha, que conquistou o troféu de Melhor Longa Infantil.
Na seara internacional, o português “Grand Tour”, de Miguel Gomes, indicado pela Academia Portuguesa de Cinema, venceu como Melhor Longa-Metragem Ibero-Americano.
A estreia promissora de Pedro Freire com “Malu” garantiu ao cineasta o prêmio de Melhor Primeira Direção, além de Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz Coadjuvante para Juliana Carneiro da Cunha.
Outros destaques da noite incluíram:
Ricardo Teodoro (Melhor Ator Coadjuvante por Baby)
Affonso Gonçalves (Melhor Montagem por Ainda Estou Aqui)
Warren Ellis (Trilha Sonora original de Ainda Estou Aqui)
Séries brasileiras também brilham
No universo seriado, a superprodução da Netflix “Senna” venceu como Melhor Série Brasileira de Ficção, com Gabriel Leone recebendo o prêmio de Melhor Ator por sua emocionante interpretação do ídolo da Fórmula 1.
Adriana Esteves, por sua vez, levou o troféu de Melhor Atriz em Série de Ficção pelo papel em “Os Outros”.
Entre os documentários seriados, “Falas Negras” (4ª temporada) foi premiada, e “Irmão do Jorel”, de Juliano Enrico, venceu como Melhor Série Brasileira de Animação.
Curtas e voto popular
Nos curtas, os premiados foram:
“Helena de Guaratiba”, de Karen Black (Ficção)
“Você”, de Elisa Bessa (Documentário)
“A Menina e o Pote”, de Valentina Homem e Tati Bond (Animação)
O Voto Popular consagrou o documentário “Milton Bituca Nascimento”, de Flavia Moraes, que emocionou plateias ao narrar a trajetória do icônico artista mineiro.
Com um total de 28 categorias premiadas, o Grande Otelo 2025 mostrou a força criativa do audiovisual brasileiro, em uma noite para ficar na história.