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SBT Anuncia Mauro Lissoni como Novo Diretor de Programação; diretor potencializou ' Chaves ' e ' Chapolin '

Jean Chambre

Nesta sexta-feira (4), o SBT anunciou Mauro Lissoni como o novo diretor de programação e artístico da emissora. O executivo, que assume o cargo a partir da próxima segunda-feira (7), retorna ao canal após 13 anos de atuação na Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná. Em nota enviada pelo SBT, Mauro comemorou o retorno à casa onde fez história até 2004:


"Vivo um momento de muita gratidão, com o sentimento de que estou 'voltando para casa', para onde tudo começou. Estou feliz por somar com um time de grandes profissionais".


Lissoni é lembrado por seu papel fundamental na primeira exibição das séries "Chaves" e "Chapolin" no SBT, que se tornaram ícones da programação do canal e fenômenos de audiência durante sua gestão. Ao longo dos anos 2000, essas produções mexicanas, que já tinham um público fiel no Brasil, foram revitalizadas com projetos especiais criados pelo próprio Lissoni.


A Era de Ouro de "Chaves" no SBT


Na primeira passagem de Mauro Lissoni pelo SBT, "Chaves" e "Chapolin" ganharam um tratamento diferenciado que fez das séries, importadas da Televisa, campeãs de audiência e peças fundamentais na grade da emissora. Em 2001, Mauro lançou o "Clube do Chaves", uma iniciativa que trouxe novos episódios do programa "Chespirito", exibindo não só as já conhecidas aventuras de Chaves e Chapolin, mas também personagens menos famosos, como "Pancada Bonaparte".


A edição de 13 de maio de 2001 do jornal O Globo ressaltou a importância de "Chaves" para a programação do SBT:


"No ar há 16 anos, 'Chaves' é um trunfo do SBT. Apesar das inúmeras mudanças de horário e das reprises, o seriado mexicano é sempre acompanhado por um público fiel, que garante médias de até 15 pontos de audiência. Atualmente, passa de segunda a sábado, às 14h15min. A emissora possui 180 episódios inéditos e promete exibi-los a partir de junho, ou agosto (mês de aniversário do SBT), com o título de 'Clube do Chaves' e uma hora de duração."


O destaque da matéria foi a visão estratégica de Mauro, que previa a renovação do público do seriado:


"Chama-se 'Chespirito' e tem vários personagens novos, além de antigos como o próprio Chaves, o Chapolim e o Pancada. Acredito numa renovação do público", afirmou Mauro Lissoni à época.


A matéria ainda enfatizou a demografia diversificada dos telespectadores de "Chaves", com uma forte presença de jovens, mas também uma considerável audiência adulta. A mistura de inocência e humor pastelão tornou o programa um sucesso atemporal. A popularidade entre crianças e adolescentes foi exemplificada por fãs como o estudante Daniel Resende, de 14 anos, que disse ao jornal:


"O Chaves pega o jeito de pensar das crianças e faz piadas com isso. Não há malícia."


Crescimento de Audiência


O impacto de "Chaves" na audiência vespertina do SBT foi tão grande que, em junho de 2001, o colunista Daniel Castro, da Folha de S. Paulo, destacou o papel central da série no crescimento da emissora durante a tarde.


"Reprisado há anos no SBT, 'Chaves' está se consolidando como um programa líder de audiência. Ao lado do desenho 'Os Simpsons' e do seriado 'Um Maluco no Pedaço', o velho pastelão mexicano é o principal responsável pelo crescimento de 22% da média de audiência do SBT, na faixa das 12h às 18h, de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado."


O colunista apontou que "Chaves" muitas vezes empatava ou até superava atrações da Globo, como o Jornal Hoje e o Vídeo Show. No dia 7 de junho de 2001, por exemplo, a série mexicana bateu a Globo por 15 a 12 pontos no Ibope.


"Chaves" no Horário Nobre

Em 2003, mais uma jogada ousada de Mauro Lissoni confirmou o poder de "Chaves". Quando o programa Sabadão com Gugu foi tirado do ar, o SBT escalou "Chaves" para substituí-lo no horário nobre dos sábados, decisão que se provou acertada. O sucesso foi imediato, como noticiou a Folha de S. Paulo em janeiro de 2003:


"O seriado 'Chaves', que substitui o 'Sabadão' no SBT, foi um ovo de Colombo para a emissora. Enquanto Gugu, com todo seu custo de produção, ficou na média de 12 pontos em outubro e novembro (cada ponto equivale a 47 mil domicílios na Grande SP), o enlatado mexicano deu 13 pontos de média em seu primeiro mês. E reprisar enlatado é muito mais barato."


Essa mudança provou que "Chaves" não era apenas um "tapa-buraco", mas uma peça central da estratégia de programação da emissora.


O retorno de Mauro Lissoni ao SBT, aliado ao relançamento de "Chaves" e "Chapolin", traz expectativas de que essas produções receberão o mesmo cuidado e sucesso que tiveram sob sua gestão anterior. Para os fãs, resta torcer que o fenômeno das séries mexicanas, que marcou gerações, se repita mais uma vez na tela do SBT.








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